Dirigentes sindicais ligados à Força Sindical são contrários às alterações na jornada de trabalho de caminhoneiros aprovadas na Comissão Especial na Câmara dos Deputados. Eles foram de ônibus até Brasília para acompanhar a votação da regulamentação da profissão de motorista.
A lei 12.269/12 em vigor desde o ano passado, só permite que ele dirija por até quatro horas seguidas, com 30 minutos de descanso; jornada de trabalho é de oito horas e duas horas extras. Depois de 10 horas de trabalho descansa 11 horas.
O texto também torna obrigatório o exame toxicológico para motoristas profissionais. A proposta de do deputado Valdir Colatto revoga toda a lei que regulamenta o trabalho dos motoristas profissionais.
Por 17 votos a favor e quatro contra foi aprovado o aumento da jornada de trabalho de 10 para 12 horas. Já o descanso entre uma jornada e outra cai de 11 para 8 horas ininterruptas. As outras 3 horas podem ser divididas ao longo do dia.
O diretor do Sindicato dos Rodoviários de Santos, João Roberto Antonio, disse que o projeto foi aprovado em detrimento de toda a categoria rodoviária. “A jornada de 8 horas é a mesma da classe trabalhadora brasileira e o aumento das horas trabalhadas aumentará muito os acidentes. Querem escravizar os caminhoneiros”, disse.
A proposta deve passar rapidamente por algumas comissões da Câmara e, em seguida, será apreciada no plenário da casa.
A intenção dos parlamentares é que o novo projeto de lei seja votado em regime de urgência. Se for aprovado na Câmara, o projeto segue para votação no Senado.