
Em celebração ao Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, o Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa saúda a classe trabalhadora e o movimento sindical brasileiro, atuante e representativo, na luta pelo retorno dos direitos perdidos na reforma trabalhista.
Neste 1º de Maio, a pauta unificada das centrais sindicais reúne as seguintes reivindicações:
1. Valorização do salário mínimo – A Política de Valorização do Salário Mínimo tem impacto positivo direto no bolso do trabalhador, na economia do país, melhorando também o poder de compra dos aposentados e pensionistas da previdência social. Quando a população ganha mais, consome mais e a indústria e o campo produzem mais, gerando mais empregos.
2. Fim dos juros extorsivos - Juros altos só trazem dívida ao trabalhador. Quem gosta são os bancos. Com os juros mais baixos o endividamento das famílias diminui e com menos dívidas, o brasileiro consome mais e melhor, mais consumo gera mais produção e mais empregos.
3. Fortalecimento da Negociação Coletiva - Direito fundamental no trabalho, a negociação coletiva cria regras da relação entre trabalhadores e patrões. Sindicatos fortes resultam em acordos coletivos fortes.
4. Mais empregos e renda - Somente com emprego de qualidade, a renda do trabalhador melhora e o país cresce. Mais de 12 milhões de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros não têm carteira assinada, 40 milhões estão na informalidade.
5. Direitos para todos - A luta das Centrais é por toda a classe trabalhadora, sindicalizada ou não. Trabalho decente e empregos de qualidade para todos os brasileiros e brasileiras garantem uma sociedade mais igual e mais justa, democrática e soberana.
6. Convenção 156 OIT - Pela igualdade de oportunidades e tratamento para mulheres e homens trabalhadores que se desdobram entre trabalho e família. As mulheres sofrem mais com o desemprego que os homens porque acumulam mais jornadas, engravidam, cuidam dos filhos e são demitidas por isso. Isso tem de mudar.
7. Trabalho igual, salário igual - Mulheres ganham até 30% menos do que os homens na mesma função. Essa disparidade acontece mesmo quando trabalhadoras e trabalhadores têm a mesma escolaridade, mesma idade e mesma cargo.
8. Aposentadoria digna - As Centrais Sindicais propõem série de medidas para melhorar a qualidade do atendimento a aposentados e pensionistas da Previdência Social.
9. Valorização do servidor e da servidora público - A servidora e o servidor público estão na linha de frente de serviços indispensáveis ao povo brasileiro. O que teria sido do Brasil na pandemia sem os serviços públicos. O trágico número de 700 mil mortes, a maior parte causada pelo negacionismo e incompetência do governo derrotado, teria sido ainda maior.
10. Regulamentação do trabalho por aplicativos - Trabalhadores e trabalhadoras por aplicativos não têm nenhum direito trabalhista nem previdenciário. Vamos mudar isso. A luta das Centrais Sindicais conquistou espaço de diálogo e negociação entre trabalhadores(as), empresas e governo, para regular as relações de trabalho nas empresas que oferecem serviços de entrega e condução por aplicativos.
11. Em defesa das empresas públicas - Governos passados venderam empresas públicas e o povo pagou a conta. Toda vez que o Brasil cresceu foi impulsionado pelas empresas públicas e estatais. Por isso, as Centrais Sindicais são contra as privatizações, que o governo passado fez, vendendo o patrimônio público a troco de banana.
12. Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista - A reforma trabalhista de 2017 levou ao aumento da precarização, do bico, do desemprego. Só foi boa para patrão. Essa reforma causou um retrocesso, com mais informalidade, desemprego, precarização e terceirização do trabalhador e da trabalhadora e, portanto, menos direitos.
13. Fortalecimento da democracia - Derrotamos quem ameaçava nossa democracia, agora é fortalecer assa luta. O golpe de 2016, que tirou uma presidenta legítima, seguido da eleição de um governo de ultradireita colocaram a democracia brasileira em risco. Começamos a mudar essa história com a vitória de 2022.
14. Revogação do “novo” ensino médio - Porque desqualifica e prejudica os alunos, esvazia e rebaixa a qualidade de ensino. A unidade entre estudantes, professores, pais e mães e trabalhadores e trabalhadoras dos vários segmentos da sociedade é essencial para derrotar essa proposta que cria uma escola sem conteúdo com prejuízos aos alunos.
15. Desenvolvimento sustentável com geração de empregos de qualidade - Crescer e gerar empregos, sempre respeitando o Planeta porque uma hora a conta chega. O desenvolvimento produtivo do país tem que acontecer com o fortalecimento da indústria nacional e da agricultura de forma sustentável.
*História do 1º de Maio
A data foi criada pela 2ª Internacional Socialista, em Paris (1889), para lembrar a greve geral de 1º de maio de 1886, em Chicago (EUA), por melhores condições de trabalho e jornada de 8 horas, e para homenagear os mártires deste episódio que foram condenados à morte ou à prisão perpétua. Com o passar dos anos, o 1º de Maio passou a homenagear todos os que lutaram e lutam pela liberdade e pelo fim da exploração capitalista no mundo e no Brasil.

“Nossa especial homenagem vai para os metalúrgicos de Mococa e região que, juntos com o nosso Sindicato, estão inseridos nas lutas atuais contra o desemprego, os juros altos, a informalidade, o trabalho precário, os acidentes e as doenças do trabalho, a fome, a pobreza e a exclusão social e nas lutas por melhores salários e condições de trabalho e de vida mais dignas para o povo brasileiro”, diz Francisco Gabriel Sales Fernandes, o Chico, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa e Região e vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP.
Chico do Sindicato também faz uma saudação especial ao 28 de Abril – Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória das vítimas de acidentes e doenças do trabalho. Vale lembrar que, no Brasil, o governo anterior, que só defendeu os interesses da elite e patrões, atuou para acabar e reduzir direitos, entre eles as normas regulamentadoras, que visam garantir trabalho sadio e seguro, prevenindo a ocorrência de doenças, mortes e acidentes de trabalho como, por exemplo, a NR12.
“Sob um novo governo, democrático e voltado ao social, podemos avançar nesta luta por melhores condições de trabalho, por máquinas com risco zero, pelo fim dos acidentes, mortes e doenças do trabalho, e contra o trabalho precário, o trabalho análogo à escravidão, o trabalho infantil, o desemprego, a exploração capitalista, as desigualdades, a fome, a pobreza e a exclusão social”, finaliza Chico do Sindicato.