Representantes de diversos Sindicatos de Metalúrgicos filiados à Força Sindical, Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e à Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP participaram nesta segunda-feira, 6 de abril, de ato pela recuperação da indústria de transformação. O evento foi realizado no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo.
O movimento “Coalizão Indústria – Trabalho para a Competitividade e o Desenvolvimento”, foi encabeçado pelas centrais Força Sindical, CGTB e UGT e por 42 entidades empresariais.
´Indústria destruída´. O documento cobra medidas para ajudar a indústria. “A competitividade da indústria de transformação nacional está sendo destruída”, dizem as entidades, que listam quatro eixos para o ataque: os juros elevados (e que continuam aumentando), o câmbio ainda valorizado, a carga tributária que também está em elevação pelo governo e a cumulatividade de impostos.
Neste ponto, as empresas afirmam que “os tributos escondidos que incidem cumulativamente, por exemplo, sobre as cadeias da construção civil, automotiva e de máquinas e equipamentos, oneram adicionalmente os produtos nacionais entre 10% a 15%”. Além de pedir racionalidade da política monetária (de juros), os industriais querem desoneração de impostos. Ou seja, o oposto do que tem sido praticado pelo governo federal desde o início do ano.
Além do aumento de impostos sobre o crédito ao consumidor e sobre combustíveis anunciado em janeiro, o governo também anunciou na semana passada a elevação do tributo sobre o faturamento das empresas antes beneficiadas com a desoneração da folha de pagamentos. “A indústria de transformação tem a maior carga tributária entre todos os setores da economia, pois de tudo o que produz 45% viram impostos. A sociedade brasileira não aguenta mais aumento de imposto”, dizem as entidades.
Representando os metalúrgicos de Mococa e região estavam o vice-presidente do Sindicato Silvio Resende, Mário Rodrigues e Isaac Campos.
O ato foi encerrado com o lançamento de um documento que será entregue à presidente Dilma Rousseff, ao Congresso Nacional e aos ministérios da Fazenda e Planejamento, cobrando do governo medidas para o setor industrial.